Palavras ao Vento

ano XI ...entre os catetos da hipotenusa e os versos do soneto...

Das estrelas que eu não apaguei

Publicado por Cristiano Nadai under on terça-feira, setembro 16, 2014

céu estrelasCada pessoa que passa por nós deixa um pouco de si. Há mil e uma metáforas buscando poetizar esse aprender com o outro... Hoje deixei os meus pensamentos se perderem e descobri que gosto de ver as pessoas como estrelas, que vamos guardando na constelação do nosso céu (e antes que os colecionadores e fanáticos por números me interpretem mal, lembro que um única estrela, o Sol, ilumina mais a Terra do que a amostra do universo que vemos à noite, tudo vai muito além dos números).
O brilho de cada estrela depende da marca impressa em nossa alma, o tempo, o quanto nos envolvemos, a distância (não aquela medida em metros) que ela se encontra de nós, entre outras questões que no fim são subjetivas. É natural, quando alguém se afasta de nossas vidas, muitas vezes tentarmos apagar essa estrela, projetar adjetivos e sentimentos negativos e tentar esmaga-la em nosso peito estelar... O resultado não é muito positivo geralmente, podemos esquecer, podemos achar destruí-la, mas em seu lugar pode surgir um pequeno buraco negro, a sugar energia e luz da nossa alma.
Há pessoas que em alguns momentos das nossas vidas adquirem tamanho significado que as chamaria de "solares", mas que com o passar do tempo diminuem o seu brilho por razões mil e são enviadas para a noite. Quanto maior o brilho, maior a escuridão (e amargor) de tentar destrui-la... Essas fases de transições solares são as mais escuras, mas deixo seguir o seu ciclo natural (tudo o que não é realimentado perde luz) e quando o seu brilho já não bastar para iluminar o meu dia, ela se encaminha para a noite. É um eterno ciclo de figura e fundo. Não vale inventar outros sóis para obriga-los a se encaixar e dividir o protagonismo com a estrela que desejamos ver sair de cena, ao longo do tempo seria só instaurar o caos.
Acho que, independente do tempo ou demais questões, todo mundo que passa por nossa vida pode nos trazer um pouco de luz na imensidão da noite que é a nossa existência, nem que seja ao menos para iluminar aquele pequeno trecho do caminho que pretendemos desviar... E é sempre melhor guardar mais um pontinho de luz em nosso olhar, do que inventar mágoas, indiferenças e buracos negros sem razão de ser que, como sempre, sugarão a nossa luz e não a da constelação vizinha.
Por isso, e por que sempre temos oque aprender com alguém que nos empresta parte do seu tempo (e o que é a vida, além de uma porção limitada de tempo?) que já não gasto energia escurecendo a minha alma e apagando estrelas que algum dia já brilharam mais.

/Cristiano Nadai, 2014 (talvez no mês de julho, talvez).

Em off: Acho que é só isso… E não, eu não me embriago para escrever, ao menos não com drogas…
A imagem ultilizada nessa postagem foi encontrada em diversas páginas durante pesquisa no google imagens e sem referência à original. Se alguem souber, por favor me informe.

3 deixaram suas marcas:

DaiHello disse... @ 19 de setembro de 2014 às 01:03

-Falando entrelinhas não é Senhor Cristiano? rs
...Confesso que eu gosto bastante de seres que surgem assim como estrelas cadentes, porque nos trazem esperanças, alegria uma felicidade incontrolável e ainda nos concedem desejos. Pode ser breve a sua permanência, porém será lembrada pra sempre e em momentos ruins, você espera, pede em silêncio, baixinho e elas sempre voltam!
*Uma constelação inteira pra vc Cris!!! - Grata

Ypsilon Yvone disse... @ 22 de setembro de 2014 às 14:56

Ola, gostei da reflexão, da luz e poesia na suas palavras. Uma vez li uma frase que me chamou a atenção e cabe bem nesse momento:
“É importante não perder de vista as coisas que te encantam, pois ali há um pouco da tua essência”
Linda semana bj Y

Luma Rosa disse... @ 25 de setembro de 2014 às 03:21

Oi, Cristiano!
Gostei da analogia que fez com as estrelas para falar dos sentimentos que as pessoas provocam em nós. Realmente não é fácil ter que apagar uma estrela. Me lembrei de um texto que começa já com uma pergunta: Você é cometa ou é estrela?
Seus escritos são coerentes e por isso, acho que não se embebeda para escrever ou mesmo que use outras drogas - sei de pessoas que passam pela web bêbadas e que basta um riscar de fósforos para caírem ao chão em faíscas - Seriam pessoas que gostariam de ser estrela?
Beijus,

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